poesia na favela
CONVITE
POESIA FAVELA
Favela que escreve
Favela que lê
Favela que canta
Favela que fala
Favela que traça
Favela que inspira
Convidamos a quem se interessa em criar, escrever ou falar sobre a favela em forma de poesia e em todas as formas que as artes da palavra tomaram (em misturas com a música, com as artes visuais, a videoarte, o teatro) a organizar um encontro-ocupação da UERJ a ser realizado no mês de agosto.
Vamos pensar esse evento juntos!
REUNIÃO NO DIA 29 DE ABRIL NA CASA DE CULTURA LAURINDA SANTOS LOBO (RUA MONTE ALEGRE, 306 - SANTA TERESA) - ÀS 17:00
Iniciativa:
Profs. Adriana Facina e Victor Hugo Pereira
Coletivo RAP / LerUERJ / Curso de Formação de Agentes Culturais Populares /Observatório da Indústria Cultural (OICult)
POESIA FAVELA - ENCONTRO-OCUPAÇÃO NA UERJ (release)
Convidamos a quem se interessa em criar, escrever ou falar sobre a favela em forma de poesia e em todas as formas que as artes da palavra tomaram (em misturas com a música, com as artes visuais, a videoarte, o teatro) a organizar um encontro-ocupação da UERJ a ser realizado no mês de agosto. Este encontro é fruto das atividades de integrantes do Coletivo RAP (Reflexão, Ação e Política), em especial da Profa. Adriana Facina (UFF) e do Prof. Victor Hugo Adler Pereira, e tem o apoio do Programa de Extensão LerUERJ e do Curso de Formação de Agentes Culturais Populares.
O coletivo RAP vem realizando pesquisa-ação sobre os mecanismos que cercam a produção cultural no país; em especial, a participação do Estado e os mecanismos do mercado envolvidos nesta. Este coletivo é formado por professor@s e pesquisador@s de diferentes universidades cariocas, nas áreas de música, história, letras e comunicação, que atuam também em projetos de extensão junto à comunidade.
A proposta de reunir pessoas ligadas a diferentes manifestações culturais com a palavra surgiu da constatação de que os estudantes e até mesmo os professores universitários dissociam suas práticas culturais do que estudam e ensinam. Um problema que o educador Paulo Freire já havia examinado sob diferentes ângulos, ao discutir o que chamava de “educação bancária”, constituída de uma contabilidade de rendimento e concessão de títulos. Além disso, em áreas como os estudos de Letras, esse tipo de “educação” implica em não se levar em conta a produção que não seja consagrada pelas tradições da crítica, da Academia de Letras, que exprimem, sobretudo, o gosto e os interesses de uma elite da sociedade, ou por poderosos “lobbies” universitários ou de grandes editoras. Os estudantes são levados a ver com desconfiança ou desinteresse qualquer manifestação que não estampe alguns selos de competência fornecidos por essas instâncias. E não costumam pensar criticamente no fato de elogiarem obras e autores que eles mesmos reconhecem não ter muito a dizer sobre suas experiências como cidadãos ou sobre suas paixões, interesses cotidianos, aspirações...
Procurando enfrentar essas contradições, estamos organizando pesquisa sobre as referências culturais e a formação dos estudantes de Letras da UERJ, assim como pensamos em colocar a comunidade universitária em contato com a cultura produzida nesse espaço estigmatizado e frequentemente alijado das preocupações e do interesse em conhecer da universidade.
Na organização do evento, em vez de pesquisar as manifestações e selecionar as que pretenderíamos priorizar para o contato com o público universitário, decidimos chamar quem fala, escreve sobre a favela e tem na palavra um instrumento de expressão para esse contato. Além do mais, pretendemos organizar o evento, junto a esses criadores e àqueles que os divulgam ou acompanham criticamente suas atividades, discutindo o modo com que vai se realizar esse contato, o espaço propício para trocas, e evitando nos ater à mera “exposição” do que se faz “fora” da universidade, ignorando os diferentes elos que a vinculam às classes populares: seja por sua responsabilidade e dívida social; seja pela composição social de seu corpo docente, discente e de funcionários, que inclui muitos favelados e ex-favelados. E estes muitas vezes não encontram na universidade espaço para compartilhar ou discutir suas experiências ou os pontos de vista oriundos de um conhecimento mais próximo desse espaço da cidade.
- Propostas do encontro-ocupação POESIA FAVELA:
Promover um encontro entre aqueles que estudam, trabalham (como professores, pesquisadores ou funcionários) e aqueles que freqüentam a Universidade por outros motivos com quem produz cultura sobre e da favela. O encontro pressupõe: trocas de experiências, contato com o trabalho dos criadores, discussões, convívio.
Efetivar uma ocupação de espaços da universidade por quem procura desenvolver formas de cultura comprometidas com a favela, falando dentro dela ou sobre ela, mas quase sempre com limitação a um circuito restrito. Ocupação de espaços públicos, de uma universidade pública. Espaços que, no entanto costumam se restringir a receber manifestações, criadores e críticos consagrados pela cultura acadêmica.
- Algumas das contribuições para a universidade:
Alargar os horizontes, destruir preconceitos, despertar a curiosidade, promover o respeito e o interesse em estudar e divulgar a produção cultural relacionada e comprometida com a favela.
Formar profissionais (por exemplo, professores, jornalistas...) que estejam atentos ao fato de que a produção cultural se dá em diferentes quadrantes e espaços da sociedade, enriquecendo as possibilidades e perspectivas de compreensão de diferentes aspectos da vida que merecem tanta atenção e respeito quanto os saberes oficialmente consagrados pela escola e pela universidade.
Colocar em questão as concepções dominantes do que é arte e cultura, inclusive as concepções e padrões que norteiam a definição do que seja literatura.
- Contribuições previsíveis para os produtores de cultura:
Aumentar o circuito disponível para sua produção. Expor seu trabalho à avaliação e discussão num local em que se concentra a produção e avaliação da cultura oficial. Estabelecer elos com quem cuida do ensino e da difusão da cultura. Estabelecer trocas com a comunidade universitária.
CHAMAMOS A QUEM CRIA PARA PENSAR A ORGANIZAÇÃO
DO ENCONTRO-OCUPAÇÃO
NUMA REUNIÃO NO DIA 29 DE ABRIL NA CASA DE CULTURA LAURINDA SANTOS LOBO - SANTA TERESA - ÀS 17:00
DE MODO QUE EXPRIMA A PERSPECTIVA DE QUEM TRABALHA COM A PALAVRA
SOBRE COMO INTERAGIR COM A UNIVERSIDADE
POESIA FAVELA
Favela que escreve
Favela que lê
Favela que canta
Favela que fala
Favela que traça
Favela que inspira
Convidamos a quem se interessa em criar, escrever ou falar sobre a favela em forma de poesia e em todas as formas que as artes da palavra tomaram (em misturas com a música, com as artes visuais, a videoarte, o teatro) a organizar um encontro-ocupação da UERJ a ser realizado no mês de agosto.
Vamos pensar esse evento juntos!
REUNIÃO NO DIA 29 DE ABRIL NA CASA DE CULTURA LAURINDA SANTOS LOBO (RUA MONTE ALEGRE, 306 - SANTA TERESA) - ÀS 17:00
Iniciativa:
Profs. Adriana Facina e Victor Hugo Pereira
Coletivo RAP / LerUERJ / Curso de Formação de Agentes Culturais Populares /Observatório da Indústria Cultural (OICult)
POESIA FAVELA - ENCONTRO-OCUPAÇÃO NA UERJ (release)
Convidamos a quem se interessa em criar, escrever ou falar sobre a favela em forma de poesia e em todas as formas que as artes da palavra tomaram (em misturas com a música, com as artes visuais, a videoarte, o teatro) a organizar um encontro-ocupação da UERJ a ser realizado no mês de agosto. Este encontro é fruto das atividades de integrantes do Coletivo RAP (Reflexão, Ação e Política), em especial da Profa. Adriana Facina (UFF) e do Prof. Victor Hugo Adler Pereira, e tem o apoio do Programa de Extensão LerUERJ e do Curso de Formação de Agentes Culturais Populares.
O coletivo RAP vem realizando pesquisa-ação sobre os mecanismos que cercam a produção cultural no país; em especial, a participação do Estado e os mecanismos do mercado envolvidos nesta. Este coletivo é formado por professor@s e pesquisador@s de diferentes universidades cariocas, nas áreas de música, história, letras e comunicação, que atuam também em projetos de extensão junto à comunidade.
A proposta de reunir pessoas ligadas a diferentes manifestações culturais com a palavra surgiu da constatação de que os estudantes e até mesmo os professores universitários dissociam suas práticas culturais do que estudam e ensinam. Um problema que o educador Paulo Freire já havia examinado sob diferentes ângulos, ao discutir o que chamava de “educação bancária”, constituída de uma contabilidade de rendimento e concessão de títulos. Além disso, em áreas como os estudos de Letras, esse tipo de “educação” implica em não se levar em conta a produção que não seja consagrada pelas tradições da crítica, da Academia de Letras, que exprimem, sobretudo, o gosto e os interesses de uma elite da sociedade, ou por poderosos “lobbies” universitários ou de grandes editoras. Os estudantes são levados a ver com desconfiança ou desinteresse qualquer manifestação que não estampe alguns selos de competência fornecidos por essas instâncias. E não costumam pensar criticamente no fato de elogiarem obras e autores que eles mesmos reconhecem não ter muito a dizer sobre suas experiências como cidadãos ou sobre suas paixões, interesses cotidianos, aspirações...
Procurando enfrentar essas contradições, estamos organizando pesquisa sobre as referências culturais e a formação dos estudantes de Letras da UERJ, assim como pensamos em colocar a comunidade universitária em contato com a cultura produzida nesse espaço estigmatizado e frequentemente alijado das preocupações e do interesse em conhecer da universidade.
Na organização do evento, em vez de pesquisar as manifestações e selecionar as que pretenderíamos priorizar para o contato com o público universitário, decidimos chamar quem fala, escreve sobre a favela e tem na palavra um instrumento de expressão para esse contato. Além do mais, pretendemos organizar o evento, junto a esses criadores e àqueles que os divulgam ou acompanham criticamente suas atividades, discutindo o modo com que vai se realizar esse contato, o espaço propício para trocas, e evitando nos ater à mera “exposição” do que se faz “fora” da universidade, ignorando os diferentes elos que a vinculam às classes populares: seja por sua responsabilidade e dívida social; seja pela composição social de seu corpo docente, discente e de funcionários, que inclui muitos favelados e ex-favelados. E estes muitas vezes não encontram na universidade espaço para compartilhar ou discutir suas experiências ou os pontos de vista oriundos de um conhecimento mais próximo desse espaço da cidade.
- Propostas do encontro-ocupação POESIA FAVELA:
Promover um encontro entre aqueles que estudam, trabalham (como professores, pesquisadores ou funcionários) e aqueles que freqüentam a Universidade por outros motivos com quem produz cultura sobre e da favela. O encontro pressupõe: trocas de experiências, contato com o trabalho dos criadores, discussões, convívio.
Efetivar uma ocupação de espaços da universidade por quem procura desenvolver formas de cultura comprometidas com a favela, falando dentro dela ou sobre ela, mas quase sempre com limitação a um circuito restrito. Ocupação de espaços públicos, de uma universidade pública. Espaços que, no entanto costumam se restringir a receber manifestações, criadores e críticos consagrados pela cultura acadêmica.
- Algumas das contribuições para a universidade:
Alargar os horizontes, destruir preconceitos, despertar a curiosidade, promover o respeito e o interesse em estudar e divulgar a produção cultural relacionada e comprometida com a favela.
Formar profissionais (por exemplo, professores, jornalistas...) que estejam atentos ao fato de que a produção cultural se dá em diferentes quadrantes e espaços da sociedade, enriquecendo as possibilidades e perspectivas de compreensão de diferentes aspectos da vida que merecem tanta atenção e respeito quanto os saberes oficialmente consagrados pela escola e pela universidade.
Colocar em questão as concepções dominantes do que é arte e cultura, inclusive as concepções e padrões que norteiam a definição do que seja literatura.
- Contribuições previsíveis para os produtores de cultura:
Aumentar o circuito disponível para sua produção. Expor seu trabalho à avaliação e discussão num local em que se concentra a produção e avaliação da cultura oficial. Estabelecer elos com quem cuida do ensino e da difusão da cultura. Estabelecer trocas com a comunidade universitária.
CHAMAMOS A QUEM CRIA PARA PENSAR A ORGANIZAÇÃO
DO ENCONTRO-OCUPAÇÃO
NUMA REUNIÃO NO DIA 29 DE ABRIL NA CASA DE CULTURA LAURINDA SANTOS LOBO - SANTA TERESA - ÀS 17:00
DE MODO QUE EXPRIMA A PERSPECTIVA DE QUEM TRABALHA COM A PALAVRA
SOBRE COMO INTERAGIR COM A UNIVERSIDADE
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